SER MÉDIUM É MUITO MAIS DO QUE INCORPORAR
Erra aquele quem pensa que faz muito apenas por ir na gira e incorporar. Ser médium de terreiro vai muito além disso.O terreiro, sustentado coletivamente pelos seus frequentadores, exige uma postura responsável.
É preciso se dedicar a alimentar seu axé, manter seus fundamentos, e transmitir seus valores e ensinamentos.
O bom “cavalo” é aquele que sabe ser exemplo e mantém a postura dentro e fora do espaço sagrado.
Mais do que receber algumas entidades, é contribuir para uma comunidade de axé e atuar com responsabilidade.
Do que adianta falar de amor e caridade no terreiro e depois agir perversamente? Não basta apresentar um discurso bonito.
É na prática que mostramos que realmente aprendemos com nossa religião.
Caso faça besteiras por aí, trará o julgamento não apenas para você, mas também para sua casa e a Umbanda como um todo.
Lembre-se de que o terreiro possui outras obrigações além da mediunidade.
Ajudar na limpeza e manutenção física, contribuir financeiramente, participar dos eventos – se houverem -, cambonear, entre outras coisas.
Se procurar, encontrará alguma coisa precisando de uma atenção.
Claro que todos nós temos nossas limitações e compromissos pessoais. Porém, dentro da nossa capacidade, vamos nos doar ao sagrado.
Por esta razão, tente chegar mais cedo no terreiro, dentro das suas condições pessoais. Grande preparação é necessária para que a gira aconteça.
Não importa se possui cargo ou longo tempo, qualquer um pode por a mão na massa. Essa é também uma maneira de se conectar com o sagrado.
Mais do que se aventurar em buscar cursos de magias, firmezas, pontos ricados, eu te aconselho: experimente a vassoura e o rodo.
Eles serão melhores professores e mestres dos segredos de nossa religião; você criará uma relação pessoal com ela que não pode ser encontrada em nenhum outro lugar.
Saravá a todos!
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